Protestos e pressão política














05 Ago 2009 - 00h30min
A tensão para a saída do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se intensifica a cada dia. Ontem, cerca de 150 manifestantes invadiram o Plenário da Casa com máscaras cirúrgicas com os escritos “Fora Sarney” e foram retirados à força pela segurança do local. Enquanto isso, senadores do PSDB, DEM, Psol e alguns dissidentes do PMDB anunciaram que vão assinar um documento para pedir formalmente o afastamento do presidente do Senado. A bancada do PT decidiu não assinar a proposta.

Sarney esteve na Casa ontem e prometia falar, mas adiou para hoje um pronunciamento em que deve se defender dos últimos ataques e reafirmar que fica no comando do Senado. Para hoje também está marcada a primeira reunião do Conselho de Ética, instalado justamente para avaliar o caso de Sarney. O presidente do conselho, Paulo Duque (PMDB-RJ), antigo aliado do presidente da Casa, deve anunciar hoje se acata as primeiras denúncias apresentadas pela oposição.

Caso ele rejeite, senadores de oposição dizem que deverão recorrer. Nas primeiras ações apresentadas ao Conselho de Ética, foi pedida a apuração das denúncias de irregularidades no Senado durante a gestão de Sarney e Renan Calheiros (PMDB-AL) a partir da revelação da publicação de atos secretos. Sarney é acusado de nomear parentes e amigos por meio desses atos. Há ainda suspeitas sobre o possível desvio de recursos de um patrocínio da Petrobras à fundação de Sarney e de que ele tenha omitido uma mansão de R$ 4 milhões de sua declaração de bens.

Ao todo, f oram apresentadas 11 acusações contra Sarney ao Conselho de Ética. O presidente do Conselho tem a prerrogativa de aceitar as denúncias para abrir um processo de quebra de decoro ou de recusá-las.

Ao reforçar o pedido de afastamento do presidente da Casa, o senador Arthur Virgício sugeriu ontem que Sarney “se case com sua biografia”. “Este mandato de presidente da Casa representa nada para Vossa Excelência”, discursou Virgílio, dirigindo-se diretamente a Sarney.

Bate-boca
Anteontem, a discussão em torno da permanência de Sarney na Presidência do Senado acabou gerando um intenso bate-boca entre os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), que defendia a saída do correligionário, e os alagoanos Renan Calheiros e Fernando Collor (PTB), que defendiam sua permanência. Ontem, Simon afirmou que sentiu pena e angústia ao ver os olhos exaltados de Collor. “Não me intimidei, senti pena. Fiquei preocupado com aquele ar de revolta, de angústia, ele veio impetuoso. Parecia o Collor presidente da República. Fiquei angustiado com os olhos dele”, disse Simon. Na discussão, Collor chegou a dizer a Simon que “engolisse as palavras”.

A manifestação no plenário do Senado foi organizada pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. A polícia legislativa abriu um inquérito para apurar se houve agressões por parte dos seguranças na saída do grupo, como alegam os manifestantes. (das agências)

CRISE SEM FIM

Abaixo, alguns fatos que compõem a crise do Senado, que tem como protagonista o presidente José Sarney:

> Foram descobertos atos secretos publicados durante 14 anos, a maioria deles assinados pelo diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, apadrinhado de Sarney.

> Entre os atos, havia a nomeação de parentes do presidente do Senado, como netos.

> Sarney cancelou os 663 atos e ontem formalizou a suspensão do pagamento aos servidores nomeados por esses atos que continuam na Casa. Porém, repassou aos parlamentares a decisão de mantê-los ou não.

> A publicação de atos secretos é apenas uma das 11 denúncias contra o presidente da Casa apresentadas ao Conselho de Ética do Senado.

> Apesar de engrossar o coro dos que pedem o afastamento de Sarney, o PT tem sua ação limitada pela interferência do Palácio do Planalto, que trabalha para manter o presidente do Senado para evitar o afastamento do PMDB, o que poderia causar problemas para a candidatura de Dilma Rousseff (PT) em 2010 à sucessão de Lula.

> Como estratégia de proteção a Sarney, seus aliados começaram anteontem a lançar ameaças abertas aos opositores, com a possibilidade de divulgar dossiês. No PMDB, os dissidentes já foram ameaçados de expulsão.

Fonte : http://www.opovo.com.br/opovo/politica/898899.html

Homem abre fogo em ginásio e mata ao menos 5 nos EUA

quarta-feira, 5 de agosto de 2009, 00:25

Homem teria dado cerca de 15 tiros no momento em que um grupo de 30 mulheres fazia aula de dança

WASHINGTON -

Pelo menos cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas quando um homem abriu fogo na terça-feira, 4, em um ginásio dos arredores da cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, informou a Polícia.

Fontes oficiais informaram que entre os mortos está o próprio atirador que, segundo testemunhas citadas por um canal de TV americano, chegou ao local pela porta dos fundos e começou a disparar.

Lauren Dooley, membro do centro de ginástica, disse que o homem deu cerca de 15 tiros no momento em que um grupo de 30 mulheres fazia aula de dança.

O atirador, até agora não identificado, foi descrito como branco e de meia idade, que chegou com uma bolsa de ginástica e abriu fogo após apagar as luzes do lugar.

Fonte : http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,homem-abre-fogo-em-ginasio-e-mata-ao-menos-5-nos-eua,413617,0.htm

Para ministro, é um "disparate" adiar aulas por causa da gripe suína

04/08/2009 - 07h35
da Folha de S.Paulo
da Folha de S.Paulo, no Rio
da Agência Folha

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem (3) considerar um "disparate" alunos sadios terem o início das aulas adiado por conta da gripe suína. Segundo ele, a recomendação do ministério é que devem ficar em casa apenas as crianças e funcionários com sintomas como febre e tosse.

"Quem não tem sintoma não tem que ficar em casa. Seria um disparate total", disse ontem em evento no Rio. Os governos de São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas prorrogaram as férias escolares.
A decisão foi tomada após o próprio ministério divulgar nota, na semana passada, em que transferia aos Estados a decisão de adiar ou não o início das aulas como estratégia para conter a disseminação do vírus.

Em vários Estados, as aulas foram adiadas para o dia 17. O secretário da Saúde de SP, Luiz Roberto Barradas Barata, argumentou que, a partir desta data, a temperatura estará mais amena e já terá passado o prazo que costuma durar uma epidemia de gripe (cerca de oito semanas). Ele não comentou a declaração do ministro.

O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, afirmou que as aulas foram adiadas com base na opinião de um comitê de especialistas. Já o governador Aécio Neves (Minas) diz que "foi uma medida preventiva" e que o Estado está "atento, mas não alarmado".

Exagero

Além da rede pública, várias escolas particulares e universidades também prorrogaram as férias. Eitan Berezin, presidente do departamento científico de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, acha que houve um certo exagero. "Até os adolescentes do ensino médio poderiam ter aulas", diz.

Berezin, porém, diz que a recomendação em relação às crianças é válida. "É uma medida importante para creches e escolas com crianças menores, porque elas se beijam e abraçam mais, têm mais contato."

O infectologista David Uip, diretor do Instituto Emílio Ribas, participou da reunião em SP que definiu pelo adiamento das aulas. Segundo ele, a decisão foi acertada, já que dados recentes mostram que a transmissão do vírus por crianças é o dobro da por adultos.

Esper Kallas, infectologista da USP, diz que o efeito da medida será pequeno, já que existem outras formas de aglomeração, como cinema e shopping, que não são evitadas.

Mas, em São Paulo, algumas das escolas que decidiram não suspender as aulas enfrentaram a resistência de pais.

Na Agostiniano Mendel (zona leste de SP), pais foram à diretoria pedir a suspensão das atividades, que recomeçaram ontem. Os alunos foram informados que, nesta semana, haverá revisão de conteúdo, com presença obrigatória. Procurada, a escola não se manifestou.

No Liceu Pasteur (zona sul), os alunos afirmam que metade dos estudantes faltou, já que a presença não é obrigatória. "Liguei para a escola para saber se vão se responsabilizar se algum aluno ficar doente", diz a acupunturista Leila de Castro, 39, mãe de Giovanna, 15.

Temporão criticou previsões de expansão da doença. "Existem os futurólogos do caos que escrevem um monte de besteira. Saiu na imprensa que nós teríamos milhões de casos, [projeção] em cima do modelo matemático feito para um vírus diferente de uma doença que não existiu. Chega a ser patético."

Para Meirelles, há sinais de que economia brasileira saiu da recessão

Do Valor OnLine
04/08/09 - 09h27 - Atualizado em 04/08/09 - 09h35

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que existem sinais de que a economia brasileira já saiu da recessão.

"A economia brasileira mostra sinais de ter crescido no segundo trimestre e de continuar a crescer no terceiro. Tudo isso mostra uma trajetória clara de que há sinais antecedentes de que o país já saiu da recessão", disse Meirelles, após participar da 13ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais do Mercosul, Bolívia, Chile, Peru e Venezuela.

Segundo ele, a expectativa é de que o Brasil chegue ao final deste calendário em trajetória de crescimento, possibilitando a retomada, em 2010, do "crescimento sustentado" dos últimos anos.

SP anuncia distribuição de remédio contra gripe suína; Estado tem 50 mortes

04/08/2009 - 20h05
da Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u604877.shtml

Com o maior número de mortes registradas em decorrência da gripe suína --a gripe A (H1N1)-- no país, o Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira a distribuição do antiviral Oseltamivir, medicamento utilizado no tratamento da doença. O remédio será destinado a todas as pessoas com suspeita da gripe A (H1N1), e poderá ser retirado em 50 postos que serão implantados pelo governo até a próxima sexta-feira (7).
De acordo com a secretaria, o objetivo é facilitar o acesso ao medicamento a pacientes que precisam do remédio, mas cujos casos não requerem internação hospitalar, principalmente gestantes e grupos de risco.

O medicamento poderá ser retirado mediante a apresentação de receita médica. "A nova orientação também garante que qualquer médico, indepentemente da unidade de saúde (particular ou pública), pode receitar o medicamento", informou o órgão, em nota.

A receita e o formulário específico para pedir o remédio ficará disponível no site da secretaria nos próximos dias. Ele deve ser assinado e preenchido pelo médico do paciente.

"Seguindo diretriz do Ministério da Saúde, o medicamento somente deverá ser indicado para pacientes que estiverem dentro do prazo de 48 horas da data do início dos sintomas", disse a secretaria.

Protocolo

Reportagem publicada hoje na Folha revela que, a partir desta semana, médicos poderão receitar o medicamento contra a gripe suína para pacientes que não se enquadram nos casos previstos no atual protocolo de tratamento --síndrome respiratória grave ou com algum fator de risco, como cardiopatia e gravidez.

A mudança será introduzida no protocolo nos próximos dias, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna. O documento trará uma caixa em vermelho com a frase: "Qualquer indicação diferente das recomendadas neste protocolo fica na inteira responsabilidade do médico prescritor e da autoridade sanitária local".

Mortes

Nesta terça-feira, os Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo confirmaram mais 37 mortes, ao todo, em decorrência da gripe suína. Com isso, o número de óbitos no país subiu para 129.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Arte/Folha